Vencido pela profunda angústia da minha mágoa, despertei quando o jovem rosto da manhã adornado de luz e o mar de nuvens viajantes me convidaram para o banquete do dia.
Levantei e percebi que não fora um pesadelo... a presença da sua ausência era a mais pura e triste realidade...
Não sei dizer ao certo se é a presença da ausência ou a ausência da presença , ou, talvez seja, simplesmente saudade...
Lá fora tudo respirava perfume e os braços do vento, carregando o pólen da vida, cantavam nos ramos do arvoredo delicada canção...
Saí a correr para fora, tentando fugir da furna escura dos meus padecimentos.
A presença invisível do bem-amado fazia-me arder em febre de ansiedade, enquanto os pés ligeiros das horas corriam a frente, impondo-me fadiga e desconforto...
Embriagado pela saudade, meu ser ansiava pela paz.
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